EUA – Após ter acusado o ex-presidente Joe Biden de empregar uma autopen, um tipo de caneta automatizada, para assinar documentos em sequência, Donald Trump se utilizou de suas redes sociais na última segunda-feira (17) para compartilhar uma imagem que satiriza a foto oficial de Biden.
O presidente em exercício trocou a foto oficial de Joe Biden por uma montagem que mostra o nome do ex-presidente sendo assinado por uma ‘caneta automática’.
Trump expressou suas preocupações sobre a utilização de autopen, especialmente em relação aos perdões emitidos por Biden durante seu mandato.
Segundo Trump, Biden teria concedido os chamados “perdões preventivos” no encerramento de sua administração, visando proteger legisladores e figuras proeminentes de uma possível volta de Trump.
Em uma entrevista à Fox News na quinta-feira (13), Trump qualificou Biden como “incompetente” enquanto o acusava de utilizar a caneta automatizada para replicar assinaturas.
“Se você prestar atenção, ele assina usando uma caneta automática. Trata-se de documentos importantes, e você deve se orgulhar de assiná-los, mas quase tudo foi assinado com uma caneta automática. Isso nunca deveria ter ocorrido”, escreveu ele.
Em uma de suas postagens, Trump declarou que os perdões disponibilizados por Biden ao comitê do Congresso que investigou o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021 eram “nulos e inválidos, sem qualquer força ou efeito”.
Trump afirmou que o ex-presidente Biden os assinou com uma autopen, em vez de fazê-lo de forma manual.
“Em outras palavras, Joe Biden não os assinou, e, mais importante, ele não tinha conhecimento sobre eles”, acrescentou Trump.
Não existe nenhuma legislação que proíba a utilização de uma caneta automática por um presidente.
Um memorando emitido pelo Departamento de Justiça em 2005 esclareceu que o presidente não precisa assinar fisicamente um projeto de lei para que este se torne uma lei.
Além disso, a Constituição não determina que os perdões devem ser necessariamente por escrito, e o uso de assinaturas automatizadas já foi visto anteriormente em ações significativas de presidentes.
