A recente mobilização pelo encerramento da jornada de trabalho 6×1 foi o foco de protestos em várias cidades na quarta-feira (19). O evento foi promovido pela Unidade Popular (UP) e ocorreu em praças e centros comerciais em pelo menos 20 estados brasileiros.
Conforme informações de uma representante do diretório nacional da UP, a organização optou por apoiar o movimento conhecido como Vida Além do Trabalho (VAT), estabelecendo o Dia Nacional Pelo Fim da Escala 6×1. “As condições laborais estão deterioradas, os salários são baixos, o preço do gás está elevado e o valor do transporte só aumenta. As pessoas não estão conseguindo passar tempo com suas famílias. A insatisfação da classe trabalhadora é evidente”, explicou.
Ato pelo fim da escala 6×1 reuniu quase 500 pessoas no Shopping Metro Itaquera / Foto: Bia Borges
A escolha de shoppings para a realização dos protestos não foi por acaso; representa de forma clara a realidade da jornada 6×1, pois a maior parte dos trabalhadores está sujeita a essa carga horária.
O número de participantes superou as expectativas dos organizadores. Na manifestação realizada em São Paulo, no Shopping Metro Itaquera, quase 500 pessoas marcaram presença.
Segundo o presidente nacional da UP, muitos trabalhadores da praça de alimentação mostraram apoio significativo à causa. “Isso comprova que as pesquisas estão corretas, revelando que mais de 75% dos trabalhadores se opõem à escala”, declarou.
Trabalhadores da praça de alimentação mostraram apoio ao ato pelo fim da escala 6×1 / Foto: Bia Borges
Sequência de atos pela eliminação da jornada 6×1
Este protesto integra uma série de ações planejadas pela Unidade Popular. Já estão programados novos eventos para os dias 30 de março, 1° de abril e 1° de maio, data que coincide com o Dia do Trabalhador. Para a representante da UP, essa data “não deve ser vista como um dia de celebração, mas sim como uma oportunidade de luta, de greve, para transformar a situação da classe trabalhadora”.
“Para dar prosseguimento a essa luta, acreditamos ser fundamental uma grande greve nacional. Portanto, no dia 1° de maio será um dia de resistência. Vamos lutar pelos nossos direitos e pela extinção da escala 6×1. Defendemos a jornada 4×3”, finalizou o presidente da UP.
