O governo federal estabeleceu o dia 31 de março como prazo para que as companhias brasileiras com mais de 100 colaboradores enviem informações atualizadas, visando promover a equidade salarial entre gêneros.
O chamado 3º Relatório de Transparência Salarial e Critérios Remuneratórios é solicitado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e foi publicado no último domingo (17) no Portal Emprega Brasil. Apesar de ser uma exigência, até agora apenas 30,36% das 53.014 empresas obrigadas acessaram o relatório, conforme informações do ministério.
Essa ação faz parte de um esforço maior para combater as diferenças salariais por gênero no país.
As empresas precisam enviar relatórios semestrais que contenham dados sobre cargos, funções e salários correspondentes, divididos por gênero. Além disso, deverão informar sobre os critérios aplicados na definição de salários e promoções, políticas de contratação de mulheres, inclusão de grupos específicos e iniciativas que favoreçam a conciliação entre vida profissional e pessoal. Essas informações serão utilizadas para identificar possíveis desigualdades salariais e desenvolver políticas públicas para corrigir essas disparidades.
A iniciativa está em sintonia com compromissos internacionais que o Brasil reafirmou para promover a igualdade de gênero no ambiente de trabalho. Especialistas afirmam que a transparência salarial é essencial para diminuir as diferenças salariais entre homens e mulheres, além de colaborar para a criação de um ambiente corporativo mais justo e inclusivo.
Empresas que não atenderem ao prazo estipulado poderão ser alvo de avaliações e decisões, conforme a legislação vigente. O governo destaca a relevância da colaboração do setor privado para construir uma sociedade mais justa e igualitária.
