Inglaterra – John “Paddy” Hemingway, o último veterano da Batalha da Grã-Bretanha, faleceu nesta segunda-feira (17), aos 105 anos, em um lar de idosos em Dublin. A informação foi confirmada por seu filho, Brian Hemingway, ao tabloide britânico.

(Foto: Divulgação/Força Aérea Britânica)
Hemingway integrou o grupo de pilotos que defendeu o Reino Unido contra a ofensiva nazista em 1940 durante a Segunda Guerra Mundial. Durante o conflito, ele foi abatido em quatro ocasiões, sobreviveu a um acidente aéreo e, ao final da guerra em abril de 1945, conseguiu atravessar as linhas inimigas disfarçado de camponês italiano, evitando a captura.
Nascido na Irlanda, Hemingway atribuía sua longevidade à “sorte irlandesa”. O fato de sua morte coincidir com o Dia de São Patrício parece reforçar essa crença. Ele se via como um simples aviador cumprindo seu dever e frequentemente minimizava seu próprio papel na guerra.
Em 2019, historiadores recuperaram os restos do Hurricane que Hemingway pilotava em agosto de 1940, quando foi derrubado. O botão de disparo da aeronave ainda estava na posição de “fogo”.
As homenagens ao veterano já começaram. Uma nova estátua de Hemingway será inaugurada no Kent Battle of Britain Museum no próximo mês. Além disso, um memorial será realizado em sua homenagem e em tributo aos 2.927 pilotos que participaram da batalha.
Com a morte de Hemingway, encerra-se um capítulo importante da história da Segunda Guerra Mundial. Ele era o último representante dos “The Few”, grupo exaltado por Winston Churchill em seu discurso famoso: “Nunca, no campo do conflito humano, tantos deveram tanto a tão poucos”.