A defesa do tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo, que está sendo investigado por uma suposta tentativa de golpe, utilizou o fato de que ele estava em um clube aquático com sua família como argumento para refutar as alegações da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre seu envolvimento nas tentativas de desestabilização do governo.
No requerimento de revogação da prisão cautelar de Rodrigo, apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a defesa afirmou que o tenente-coronel não esteve presente na reunião ocorrida em 28 de novembro de 2022, que teria como intuito discutir ações para pressionar os líderes do Exército a se unirem ao golpe.
A defesa também sublinhou que Rodrigo não foi mencionado durante essa reunião, apresentando evidências de que, no dia em questão, ele estava em um clube aquático. “Especificamente no dia 12 de novembro de 2022, a data da reunião mencionada, Rodrigo Bezerra de Azevedo estava em um clube aquático com sua família, como demonstrado por diversas imagens e documentos que anexamos nesta defesa.”
Desde novembro, o tenente-coronel, frequentemente chamado de “kid preto”, está detido no Batalhão de Polícia do Exército de Brasília (BPEB), tendo suas visitas suspensas após sua irmã ter tentado entrar nas dependências do batalhão com dispositivos eletrônicos ocultos em uma caixa de panetone.
No dia 28 de dezembro, a irmã do tenente-coronel tentou levar a caixa de panetone para o batalhão do Exército. No entanto, durante a passagem pelo detector de metais, o alarme foi acionado, levando o Pelotão de Investigações Criminais (PIC) a interrogar Dhebora Bezerra de Azevedo sobre o conteúdo da caixa. Ela afirmou que havia um fone de ouvido dentro dela.