Os educadores da rede municipal de Maceió decidiram iniciar uma série de paralisações após a Prefeitura apresentar uma proposta de aumento salarial de apenas 4%, o que está muito aquém do solicitado pela categoria, que é de 13,6%. O anúncio ocorreu na tarde desta terça-feira (11) durante uma assembleia do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal), onde a proposta foi rejeitada por todos os presentes.
A proposta do governo municipal prevê um reajuste dividido em duas parcelas (2% em abril e 2% em outubro), além de um aumento adicional de 5% previsto apenas para 2026.
O calendário de mobilizações programado inclui ações como um protesto na Orla de Maceió marcado para o dia 22 de março e uma paralisação geral da rede no dia 1º de abril. Nesse dia, haverá um ato público no Benedito Bentes, seguido de uma nova assembleia para discutir os próximos passos do movimento.
Conforme destacou o presidente do Sinteal, Izael Ribeiro, a insatisfação da categoria vai além da questão salarial. “É essencial que a Prefeitura valorize os profissionais da educação em Maceió, oferecendo salários justos e melhores condições de trabalho. Nossa luta não se resume a questões financeiras, mas sim à busca por uma educação de qualidade em nossa capital”, enfatizou.
A mobilização teve início logo após a assembleia, com um protesto no Centro de Convenções durante a Jornada Pedagógica da rede municipal. Educadores e outros profissionais da educação levantaram cartazes e entoaram gritos de protesto, expressando sua insatisfação com a gestão do prefeito JHC. O ato contou com grande participação e culminou em uma manifestação silenciosa dentro do Teatro Gustavo Leite, onde os presentes aplaudiram os manifestantes.
“A categoria não pode aceitar uma proposta tão desigual. Maceió é favorável a quem? Certamente, não aos trabalhadores da educação”, disse a vice-presidenta do Sinteal, Consuelo Correia, reforçando a indignação dos profissionais.
Além de ações presenciais, a estratégia inclui mobilizações nas redes sociais, como postagens marcando o prefeito e compartilhamento de conteúdos da TV Sinteal. Estão também programadas reuniões nas escolas para engajar a comunidade escolar na luta dos educadores.
Fonte: Noticia Internacional