Muitos brasileiros entraram no domingo, dia 2, com grandes esperanças para o Oscar 2025, inspirados pela vitória de Fernanda Torres no Globo de Ouro e no Satellite Awards. Embora o filme “Ainda Estou Aqui” tenha conquistado o prêmio de Melhor Filme Internacional, a atriz brasileira não levou a estatueta de Melhor Atriz, sendo superada por Mikey Madison, de “Anora”.
Essa situação gerou indignação entre alguns fãs e telespectadores da cerimônia. Em sua primeira coletiva após a nomeação histórica do Brasil com “Ainda Estou Aqui”, Fernanda fez elogios a Madison e pediu respeito à sua colega: “Quero pedir que enviem apenas amor para Madison, ela merece todo o carinho, pois é uma pessoa incrível”.
Fernanda também comentou sobre as semelhanças entre os dois filmes: “Eles fizeram este filme [‘Anora’] de maneira semelhante à nossa. Com um orçamento reduzido. Ela se entrega ao papel sem medo, pois confia em Sean Baker. Ele viu ‘Ainda Estou Aqui’ recentemente e tivemos uma conversa. Ele expressou o quanto gostou do filme e valorizou o Cinema Independente que ele representa”.
### Brasil em evidência
A conquista de “Ainda Estou Aqui”, sob a direção de Walter Salles, firmou o Brasil na cena cinematográfica global. Esta foi a segunda ocasião em que o país competiu na categoria de Melhor Atriz no Oscar, sendo a primeira vez com Fernanda Montenegro em 1999, por sua atuação em “Central do Brasil”.
### Reconhecimento internacional
Antes de sua apresentação no Oscar, o longa já havia sido premiado em vários festivais, incluindo os de Veneza e Goya. Sendo a primeira produção original da Globoplay, o filme retrata a história de Eunice Paiva (Fernanda Torres), que precisa assumir as rédeas da família após o desaparecimento de seu esposo, Rubens Paiva (Selton Mello), durante o período da ditadura militar.
Com um elenco renomado e mais de 5 milhões de espectadores no Brasil, a produção gerou uma arrecadação de US$ 27 milhões globalmente e continua sendo exibida em diversos países.
