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Favela da Nova Holanda: Segredos Assombrosos da Enedina à Luz do Dia!

por James Joshua
Favela da Nova Holanda: o canto cheio de mistério da Enedina - ICL Notícias

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# A Tragédia de Enedina e Santanna: Amor, Música e Sofrimento na Favela

## A Luta de uma Voz que Ecoa na Maré

### Santanna e Enedina, um Casal que Desafiou a Vida!

Na favela Nova Holanda, encravada no Complexo da Maré, o amor de Enedina e Santanna se destaca em meio ao caos da cidade. Viviam humildemente, cercados de desafios, sem filhos, mas cheios de histórias para contar. Santanna, um homem de estatura baixa e músculos poderosos, carregava nos braços o peso da vida de estivador no Porto do Rio de Janeiro, transformado em Porto Maravilha. Ele era a força bruta da maré, mas também o doce seresteiro que acalentava os corações com suas músicas.

Mas, meu amigo, não pense que o destino sorriu para eles! A vida de Santanna era repleta de cachaça antes e depois do trabalho, um ritual comum entre os estivadores. E em dias de pagamento, a sobriedade era uma máscara que cobria a realidade financeira da favela. O dinheiro que chegava mal dava para o sustento. Enquanto isso, Enedina guardava sua voz como um tesouro em meio aos desafios do dia a dia.

E que voz era essa, meu povo? Quando Enedina se levantava para cantar, a congregação se calava, arrebatada por uma força sobrenatural! Mesmo com seu corpo fragilizado pela idade e pela doença, cada nota que saía de sua boca era um grito profundo da alma, uma resistência a tudo que tentava derrubá-la. Santanna, sempre ao seu lado, tocava acordes dissonantes, mas cheios de amor e cumplicidade. Era um espetáculo que parecia desafiar a própria lógica do mundo!

As mãos calejadas de Santanna, que suportaram tanto peso, se tornaram instrumentos de doçura. Ele se converteu, e os cultos se tornaram sua nova vida, mesmo sem conhecer o hinário. Ele tocava como vivia: livre e suave, entregando-se à música, ignorando críticas. Nos momentos em que Enedina cantava, ela se transformava, passando de uma mulher cansada para a própria força da natureza.

Seus vestidos florais e a fragilidade do corpo se contrastavam com a potência da voz. Era como se o Espírito Santo estivesse lidando diretamente com ela, enchendo o ambiente com uma emoção que poderia ser tocada. Eu mesmo, quando a ouvia, me emocionava. Era impossível não se perder naquela melodia que vinha de sua essência, mesmo sendo música da favela.

No entanto, os infortúnios não esperaram. O diagnóstico de câncer nos ossos atingiu Enedina como um raio! E então, uma nova etapa de sofrimento começou. O jovem pastor que eu era, que outrora se sentava nos bancos da igreja, agora se via encarregado de consolar uma mulher que havia se tornado um símbolo de resistência. As visitas a sua casa se tornaram um momento de dor e serenidade, enquanto o amor inabalável entre ela e Santanna continuava, mesmo diante da tempestade.

Santanna, infelizmente, já havia cruzado a linha da sanidade. Com esquizofrenia, ele se perdia em um mundo próprio, construindo gaiolas e navios como se fossem seus únicos companheiros. Mas mesmo assim, Enedina, a guerreira do amor, lidava com a situação com uma graça admirável, transformando seu como se fosse um filho. O homem gentil, com suas mãos ásperas e sua música inconfundível, ainda habitava dentro dele.

E foi numa dessas visitas que Enedina fez sua oração poderosa: “Senhor, quebra-me os ossos, mas não me verga a voz!” Assim, ela levantou a cabeça e começou a cantar. Ironicamente, enquanto seu corpo se tornava cada vez mais frágil, sua voz permanecia intacta, quase desafiando a morte que se aproximava.

A memória daquela maravilhosa artista, mesmo com os ossos quebrados, ecoa firme nas lembranças de todos que a ouviram. Enedina, verdadeira musa do povo, cantando seus hinos de fé, seu legado é um grito por respeito e reconhecimento. Santanna, seu eterno companheiro, serviu como a figura sensível que transformou o amor em arte. Juntos, deixaram um rastro de esperança, resiliência e um amor que enfrenta qualquer adversidade.

No final, não restou mais que lágrimas, mas também um hino poderoso que ficou. A voz de Enedina abençoou o espaço e eternizou uma história que, mesmo diante da dor, grita por dignidade! Que fique a lição de que o amor verdadeiro sempre encontrará uma forma de brilhar, mesmo nas mais densas sombras dessa dura realidade!

Fonte do Artigo: News

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