EUA – Nesta sexta-feira (7), pela primeira vez em 15 anos, os Estados Unidos irão realizar uma execução por pelotão de fuzilamento na Carolina do Sul.
Desde que a pena de morte foi reestabelecida em 1976, apenas três prisioneiros passaram por essa forma de execução, todos em Utah, nos anos de 1977, 1996 e 2010.
Quem é o condenado?
Brad Sigmon, de 67 anos, foi condenado pelo assassinato dos pais de sua ex-namorada com um taco de beisebol em 2001. De acordo com os investigadores, “eles estavam em quartos separados, e Sigmon ia e voltava enquanto os espancava até a morte”.
Após os crimes, ele sequestrou sua ex-namorada sob a ameaça de uma arma, mas a jovem conseguiu escapar do veículo. Sigmon disparou contra ela enquanto ela corria, mas errou o tiro.
“Eu não poderia tê-la. Eu não ia deixar ninguém mais tê-la”, foi o que Sigmon declarou durante sua confissão.
Como será a execução?
Sigmon será preso a uma cadeira de metal em uma câmara pequena, o mesmo local onde a Carolina do Sul já executou mais de 40 prisioneiros com a cadeira elétrica ou injeção letal desde 1985.
Durante a execução, sua cabeça será coberta com um capuz e um alvo será colocado sobre seu coração, conforme as normas. Três funcionários da prisão estarão prontos para disparar em Sigmon a uma distância de aproximadamente 4,5 metros, utilizando armas carregadas.
Jornalistas, defensores e familiares da vítima geralmente se sentam em um espaço próximo à câmara da morte para acompanhar a execução por trás de um vidro. As testemunhas devem conseguir visualizar Sigmon até o momento em que ele for declarado morto, conforme estabelece o protocolo.
Após isso, uma cortina será fechada e as pessoas presentes serão acompanhadas para fora.
É seguro?
Especialistas em armamentos que analisaram as imagens oficiais da câmara da morte expressaram preocupações quanto à segurança do ambiente.
“Eu não atiraria naquela área. Eu não ficaria na sala. É um risco desnecessário”, afirmou Drew Swift, um instrutor de armas de fogo que dirige uma escola de treinamento em McLean, Virgínia.
A Carolina do Sul, por sua vez, informou que a cadeira do pelotão de fuzilamento está cercada por “equipamento de proteção” e que a prisão instalou vidro “à prova de balas” entre a sala das testemunhas e a câmara da morte.