Home Mundo Desespero Existencial: A Caçada Insana por um Sentido na Vida!

Desespero Existencial: A Caçada Insana por um Sentido na Vida!

por Vivian Mesquita
Em busca de sentido - ICL Notícias

“Em Busca de Sentido” é o título do livro que mais me impressionou.

O autor, Viktor Frankl, exerceu a docência em neurologia e psiquiatria na Universidade de Viena e se destacou como psicólogo, filósofo e escritor de mais de 32 obras, além de ser um amante da escalada. Ele foi pioneiro na logoterapia, uma abordagem psicoterapêutica que visa auxiliar indivíduos a descobrir um propósito na vida.

Frankl sobreviveu a três anos em um campo de concentração nazista e, ao ser libertado em 1945, aos 40 anos, pesava apenas 25 quilos. Durante sua experiência, perdeu a esposa, o pai e um irmão, sendo reconhecido como o prisioneiro número 119.104.

“Em Busca de Sentido” tornou-se um fenômeno de vendas e já foi listado como um dos 10 livros mais influentes da humanidade. Frankl escreveu esta obra – já como um sobrevivente do holocausto, no ano da sua libertação – em apenas nove dias. Seu objetivo era demonstrar que a vida possui um significado potencial, mesmo nas circunstâncias mais adversas, como as enfrentadas em um campo de concentração. Para ele, não se tratava apenas de ser um número.

“Como é possível afirmar sim à vida, mesmo diante de todos os aspectos trágicos da existência humana? Espera-se que um certo otimismo em relação ao nosso futuro possa surgir das lições aprendidas com nosso passado trágico”, afirmou em 1983.

A leitura dessa obra me trouxe esperança em um dos períodos mais desafiadores da minha vida: a morte do meu pai, o divórcio, incertezas e inseguranças, além da responsabilidade de educar um menino de 5 anos. Vitor, meu filho, tornou-se meu primeiro motivo de sentido, seguido por muitos outros. Ao longo dos 12 anos desde que conheci o livro, enfrentei tempestades e momentos em que não via um horizonte seguro.

Buscar significado na vida não deve ser uma tarefa apenas em tempos de crise; é na rotina diária que fortalecemos nossos “por quês” em relação aos “como”. A frase de Nietzsche resume bem: “Quem tem um por que viver pode suportar quase qualquer como”.

Diante dos desafios pessoais, como sociedade, estamos vivendo tempos difíceis e incertos. Tudo o que conhecemos e valorizamos hoje pode se transformar rapidamente. Independentemente de estarmos alinhados ou em lados opostos, a vida um dia chegará ao fim para todos nós, mas, até esse momento, encontrar sentido pode tornar nossa jornada mais digna.

Fonte: Noticia Internacional

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