O confronto entre Juazeirense e CSA, parte da quinta rodada da Copa do Nordeste, foi mais do que um simples jogo entre duas equipes buscando a classificação. A partida, realizada no Estádio Adauto Moraes, destacou um problema comum no futebol brasileiro: a falta de infraestrutura. Um campo de jogo duro e irregular, combinado com ventos intensos, transformou a partida em um grande desafio técnico. A bola mal rolava, fazendo com que o jogo se tornasse uma batalha física, onde cada tentativa de construir jogadas era frustrada pelas condições do gramado.
Apesar das adversidades, o CSA demonstrou eficiência e inteligência ao longo do primeiro tempo. Com apenas duas finalizações, a equipe conseguiu ser letal e abriu o placar. Brayann, o camisa 10, confirmou sua reputação como destaque, marcando um belo gol de fora da área e dando uma assistência precisa para Klenisson, que finalizou com maestria. O treinador Higo Magalhães elaborou uma estratégia bem definida, posicionando seu time em um 4-4-2 defensivo, permitindo a Brayann e Tiago Marques atuarem à frente das linhas defensivas. Vander desempenhou um papel crucial na cobertura de Cedric, garantindo que o meia Brayann tivesse espaço para se movimentar e criar jogadas.
Entretanto, as dificuldades do campo nivelaram o confronto. O Juazeirense pressionou pelo lado direito e conseguiu empatar com Alex Santos, que passou pela defesa usando força e habilidade. O CSA não se deixou abater e, ainda na primeira etapa, reconquistou a vantagem. O segundo gol evidenciou a inteligência ofensiva do time azulino: Brayann lançou Klenisson, que se movimentou com eficiência e concluiu sem dar chances ao goleiro adversário.
Se o primeiro tempo foi marcado pela eficiência, o segundo foi uma luta por dificuldades. A equipe da casa se aproveitou de um erro na saída de bola do CSA – Cedric fez um recuo infeliz para Betão, e Guilherme Silveira tomou a frente, driblando o zagueiro e finalizando com tranquilidade, garantindo o empate. A partir desse momento, a partida decaiu ainda mais em qualidade. As substituições foram decisivas: a saída de Brayann pelo CSA e a substituição de Guilherme pelo Juazeirense foi o ponto final na escassa técnica que ainda restava no jogo. O CSA buscou se manter organizado, mas a dificuldade de adaptação ao gramado e ao vento dificultou novas investidas ofensivas.
Ao término da partida, ficou a impressão de que a vitória estava ao alcance. O Juazeirense, tecnicamente inferior, conseguiu equilibrar a disputa devido às condições do campo. O CSA, determinado em sua competitividade, foi decisivo nas poucas oportunidades, mas pagou o preço por um erro individual e as circunstâncias do jogo. Brayann foi, sem dúvida, o grande destaque do embate. Ele marcou um gol, forneceu uma assistência e se destacou em desempenho enquanto esteve em campo.
Agora, o CSA se prepara para dois importantes desafios em Maceió. No Estádio Rei Pelé, onde o gramado proporcionará um jogo mais técnico, a equipe enfrentará uma sequência que poderá definir o destino da temporada. Primeiramente, terá um confronto eliminatório contra a Tuna Luso, pela Copa do Brasil, seguido de um jogo crucial com o Bahia, na Copa do Nordeste. Este duelo contra os baianos é vital, pois pode garantir a classificação antecipada e a liderança do grupo, além de ser o segundo encontro do ano contra um adversário da Série A. No primeiro, o CSA sofreu uma derrota para o Ceará fora de casa.
Com o apoio da torcida e um Estádio Rei Pelé cheio, a equipe azulina estará em campo com uma nova perspectiva: lutar pelo protagonismo da competição em casa.
