O jogo que testou emoções
O CRB protagonizou um dos momentos mais emocionantes de sua trajetória ao vencer o tetracampeonato alagoano na tarde deste sábado, no Estádio Rei Pelé. A partida terminou com um placar de 2 a 1 em favor do CRB, que foi marcado por uma reviravolta dramática: um gol de empate inesperado e um gol decisivo aos 61 minutos do segundo tempo. A final foi recheada de emoções intensas: viradas, controvérsias e uma impressionante demonstração de superação, com a torcida vibrando nas arquibancadas.
O ASA toma a dianteira, e a torcida do CRB vai à loucura
Desde o começo, o ASA se sentiu à vontade em campo. O CRB, por sua vez, parecia lento, sem inspiração, permitindo que o adversário dominasse as ações. A torcida do CRB, impaciente, expressou sua frustração com vaias ao término do primeiro tempo.
No segundo tempo, a dinâmica do jogo mudou completamente. O ASA abriu o placar aos 17 minutos, com Júnior Viçosa aproveitando um cruzamento de Fabrício Bigode e cabeceando para marcar. O técnico Louzer, visivelmente incomodado com o desempenho de sua equipe, respondeu com substituições estratégicas: sacou Nathan Melo, pouco efetivo, e trouxe Lucas Kallyel para incrementar a movimentação.
Aos 27 minutos, o CRB conseguiu uma jogada que parecia ter terminado em gol quando Miranda balançou as redes, mas o VAR analisou a jogada, validou e depois anulou o gol devido a um impedimento. A partida ficou interrompida por nove minutos, e a esperança dos torcedores do CRB começou a murchar.
Persistência do CRB resulta em empate improvável
Contra o tempo, o CRB avançou com coragem, e Louzer decidiu trocar um lateral por um atacante adicional. A eficácia da equipe aumentou nas últimas fases do jogo e, aos 55 minutos, o gol de empate ocorreu: após escanteio cobrado por Gegê, David da Hora desviou no primeiro palo, e Anselmo Ramon apareceu no segundo para marcar de barriga.
A torcida explodiu de alegria e comemoração. Com a partida a caminho dos pênaltis, o destino guardava um momento surpreendente para essa final emocionante.
O gol que garantiu o título: aos 61 minutos, a história se forma
O árbitro tinha sinalizado 14 minutos de acréscimos devido à longa pausa do VAR, mas ao final, apenas mais três minutos foram acrescentados. Aos 61 minutos, quando parecia que a decisão iria para os pênaltis, veio o desfecho dramático: Henri fez um cruzamento pela direita, e Higor Meritão, com um cabeceio preciso, assegurou o gol que garantiu o título.
O ASA, que havia feito uma campanha admirável, viu o troféu escapar em um instante final. A equipe alvinegra estava no controle da partida até os acréscimos, mas a inexperiência em gerir o tempo acabou sendo decisiva.
O tetracampeão: CRB reafirma sua grandeza
Com esta vitória, o CRB chegou ao seu 35º título estadual e reafirmou sua superioridade recente no futebol de Alagoas. O técnico Umberto Louzer celebrou sua segunda conquista consecutiva, enquanto Anselmo Ramon se tornou tetracampeão pelo clube, com títulos em 2022, 2023, 2024 e agora em 2025.
A célebre frase “final não se joga, se ganha” nunca teve tanta relevância. O CRB provou que a camisa tem peso, que a superação é característica de campeões e que, no final das contas, quem acredita até o último minuto pode realmente fazer história.
No Rei Pelé, lágrimas e gritos de alegria ecoaram: “É tetra!”
