Home Brasil CHOQUE! Israel FECHA as PORTAS da Ajuda Humanitária para Gaza!

CHOQUE! Israel FECHA as PORTAS da Ajuda Humanitária para Gaza!

por James Joshua

Tel Aviv reafirma a proposta dos EUA para prorrogar a primeira fase do cessar-fogo, enquanto o Hamas defende a transição para a segunda fase conforme o combinado inicialmente. O grupo palestino acusa os israelenses de cometerem “crime de guerra”. Na manhã deste domingo (02/03), Israel anunciou a suspensão da entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, em meio a um impasse sobre o acordo de cessar-fogo, enquanto o governo israelense pressiona o Hamas a aceitar uma proposta de extensão temporária da trégua, apresentada pelos Estados Unidos.

O Hamas acusou Israel de infringir o acordo de cessar-fogo, classificando a suspensão da ajuda como um “crime de guerra”, argumentando que tal movimento fere os termos do pacto, cuja primeira fase de 42 dias terminou neste sábado.

O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu divulgou um comunicado em que afirma que, a partir desta manhã, toda entrada de bens e suprimentos em Gaza será interrompida. “Israel não aceitará um cessar-fogo sem a libertação de reféns. Se o Hamas continuar a se recusar, outras consequências ocorrerão”, enfatizou.

O porta-voz israelense Omer Dostri publicou em sua conta no X que “nenhum caminhão entrou em Gaza nesta manhã, e nenhum poderá entrar”.

Os EUA sugeriram uma extensão da primeira fase do cessar-fogo. O gabinete de Netanyahu relatou que uma proposta, feita pelo enviado do presidente americano Donald Trump para o Oriente Médio, Steve Witkoff, sugere que a fase inicial do acordo seja prolongada durante o mês sagrado do Ramadã, que começou em 28 de fevereiro e terminará em 30 de março, finalizando em torno da Páscoa, em 20 de abril.

Segundo informações do governo israelense, metade dos reféns ainda em Gaza seria liberada no dia em que o novo acordo entrasse em vigor, enquanto o restante seria libertado ao final deste período, caso um acordo permanente de cessar-fogo fosse alcançado.

O Hamas se manifestou, afirmando que a “decisão de Netanyahu de suspender a ajuda humanitária é uma chantagem inaceitável, um crime de guerra e uma violação clara do acordo de cessar-fogo”.

O grupo palestino tem mantido a posição de que a transição para a segunda fase do cessar-fogo é necessária, o que resultaria na libertação de todos os reféns restantes e na busca por um fim duradouro aos combates em Gaza.

O Hamas solicitou que mediadores e a comunidade internacional pressionem Israel a “encerrar essas medidas punitivas e imorais contra os mais de dois milhões de habitantes da Faixa de Gaza”.

A guerra que se arrasta há mais de 15 meses gerou uma grave crise humanitária em Gaza, com a ONU alertando repetidamente que a região estava à beira da fome até que o cessar-fogo permitisse a entrada de ajuda humanitária.

Durante a primeira fase do cessar-fogo, o Hamas libertou 33 reféns israelenses, além de cinco tailandeses, que foram devolvidos em uma liberação não programada, em troca de aproximadamente 2.000 prisioneiros palestinos aprisionados em Israel, assim como a retirada de tropas israelenses de algumas áreas em Gaza.

Conforme o acordo original, a segunda fase começaria com as negociações para a libertação dos 59 reféns restantes, a retirada total das tropas israelenses de Gaza e a finalização definitiva do conflito.

Entretanto, as negociações ainda não se iniciaram, pois Israel tem insistido que todos os seus reféns precisam ser devolvidos para que os combates cessem.

No último sábado, o Hamas divulgou um vídeo com reféns israelenses sob sua custódia, ressaltando que eles seriam libertados somente através de um acordo de troca, conforme estipulado no acordo que começou em janeiro.

Entretanto, existem grandes divergências em áreas fundamentais, incluindo o futuro da administração de Gaza após a guerra e o destino do Hamas, que desencadeou a invasão por parte de Israel após os ataques terroristas ao sul de Israel em 7 de outubro de 2023.

Esses atentados resultaram na morte de mais de 1.200 pessoas, além de 251 que foram capturadas e levadas para Gaza como reféns. A resposta militar de Israel na região causou a morte de mais de 48.000 palestinos e forçou o deslocamento da maior parte da população, que ultrapassa 2,2 milhões, deixando o território em ruínas.

Israel reafirma que o Hamas não deverá ter qualquer papel no futuro de Gaza e que suas estruturas militares e governamentais devem ser desmanteladas. Tel Aviv também rejeita a possibilidade de uma transferência de poder em Gaza para a Autoridade Palestina, que foi estabelecida sob os acordos de Oslo há quase três décadas e que exerce governança limitada na Cisjordânia ocupada.

Fonte: Noticia Internacional

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