O fundador e ex-comandante do Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE) da Polícia Militar de São Paulo, Diógenes Lucca, abordou em suas redes sociais a ameaça de prisão enfrentada por Eduardo Moreira, o fundador do Instituto Conhecimento Liberta (ICL), na manhã do último sábado (15).
Eduardo foi ameaçado de ser preso por um policial militar, que se apresentou como “Tenente Eduardo”, enquanto tentava ajudar um motoqueiro que havia sofrido um acidente no Largo Mestre de Aviz, situado no Jardim Luzitânia, em São Paulo. A corregedoria da PM já está investigando a situação.
“Embora pareça inacreditável, os policiais demonstraram uma preocupação maior com a identificação ‘criminal’ do motociclista do que com o cuidado e a empatia que deveriam ter com a vítima caída no chão. Posso garantir que isso não é o que se ensina nas instituições formadoras”, disse o ex-comandante do GATE.
Lucca destacou nas redes sociais que Eduardo já foi condecorado e frequentemente fez palestras para a Polícia Militar do Estado de São Paulo. “O compromisso de servir e proteger, assim como o lema ‘Polícia Militar, você pode confiar’, foram colocados em xeque, levando à indignação do meu querido amigo Eduardo Moreira”, acrescentou.
“Mesmo sendo um veterano, quero pedir desculpas ao meu amigo pela vergonha que sinto ao testemunhar integrantes da instituição agindo de forma irregular. Aprendi que as instituições têm seu valor, embora algumas pessoas não o respeitem… E ainda ressalto que havia um oficial presente na cena, o que torna a situação ainda mais séria… Eduardo, você não está só! Estamos aqui!”, finalizou.
Eduardo Moreira registrou em vídeo o momento que ocorreu após a abordagem. Ele relatou que pediu para que a vítima não se movesse, colocou uma mochila sob o joelho do motoqueiro e solicitou a ajuda dos policiais, o que foi recusado. Eduardo já se preparou para atuar como paramédico.
Os policiais questionaram sobre o histórico criminal do homem. Foi nesse momento que o “Tenente Eduardo” ameaçou Moreira de prisão.
“Ele começou a me ameaçar dizendo que me prenderia caso eu não apresentasse meus documentos, que se eu não tivesse registro de paramédico, ele me prenderia. Ele afirmou que meu número de identificação não batia, me chamou de mentiroso e disse que eu estava fazendo teatro, enquanto a pessoa machucada estava no chão, sofrendo”, postou Eduardo nas redes sociais.
“Isso é inaceitável, pois a prioridade deve ser ajudar quem está no chão, quem está machucado, e não interromper para perguntar sobre suas informações criminais. É preciso prestar assistência”, comentou o motoqueiro, que ainda não foi nomeado.
Após o incidente, Eduardo também pediu em suas redes sociais que alguém identificasse o motoqueiro que sofreu o acidente. “Se algum parente do acidentado ver este post, por favor, entre em contato conosco. O ICL se compromete a ajudar com o conserto da moto e fornecer todo apoio jurídico necessário. Precisei sair do local para não ser preso”, escreveu.