Home Brasil Chocante: Indígena Avá Guarani é Decapitado em Tragédia Horrorosa no Oeste do Paraná!

Chocante: Indígena Avá Guarani é Decapitado em Tragédia Horrorosa no Oeste do Paraná!

por James Joshua

Na manhã deste sábado (22), um indígena da etnia Avá Guarani foi encontrado morto e decapitado em uma estrada rural na cidade de Guaíra, no Paraná, nas proximidades do aeroporto. O corpo foi abandonado na vegetação, com a cabeça pendurada em uma estaca feita de galho de mamona. Imagens perturbadoras do crime estão sendo compartilhadas em grupos de Whatsapp.

De acordo com lideranças da comunidade Avá Guarani, que preferiram não se identificar, o homem que foi assassinado se chamava Marcelo Ortiz e era conhecido pelo apelido de Ku’i. “Era um jovem trabalhador, que residia no Tekoha Jevy,” relatou um membro da comunidade entrevistado.

Ainda não se sabe quem cometeu o assassinato nem quais foram suas motivações. Equipes da Força Nacional, da Polícia Federal e da Polícia Civil compareceram ao local do crime, e o corpo de Ortiz foi enviado ao Instituto Médico Legal de Toledo.

Em um comunicado, a Polícia Federal informou que “iniciou a investigação policial logo pela manhã” e que “diligências e perícias estão sendo realizadas com o objetivo de identificar os responsáveis pelo crime.”

Região tem sido cenário de constantes conflitos – Comunidade Ava Guarani

Aumento da violência contra os Avá Guaranis

A aldeia onde Ku’i residia integra a Terra Indígena Guasu Guavirá, que, sobreposta a 165 fazendas, já teve seus 24 mil hectares identificados e delimitados pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas em 2018. Desde aquele ano, entretanto, o processo de demarcação está interrompido devido a uma ação judicial das prefeituras de Guaíra e Terra Roxa, que foi aceita pela Justiça Federal em primeira instância.

Os Avá Guarani, confinados em pequenas áreas ou vivendo em terras que retomaram, estão lutando pela reocupação e demarcação de seu território no Oeste do Paraná. Desde julho de 2024, quando os indígenas reocupararam parte de suas terras, a violência na região tem aumentado, tornando a cidade de Guaíra um ponto central do conflito.

Neste município, que faz limite com o Paraguai, foi estabelecido um acampamento de não indígenas perto da área recuperada chamada Yvy Okaju. Essa aldeia já foi alvo de muitos ataques armados, resultando em ferimentos a 12 de seus moradores, incluindo uma criança e um jovem. Os indígenas também relatam estar enfrentando ameaças e boicotes por parte do comércio local, vivendo cercados e às vezes passando fome. Na última quinta-feira (20), mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra doaram cinco mil quilos de alimentos para os Avá Guarani.

É nesse cenário de tensão que ocorreu o assassinato brutal de Marcelo Ortiz. “A cabeça foi colocada em um toco de mamona para que todos vissem. Ela foi deixada em um lugar que é a única passagem para entrar e sair da aldeia,” descreveu uma liderança da comunidade Avá Guarani.

“Não sabemos quem foi ou o motivo desse ato. Queremos que as investigações sejam concluídas o quanto antes,” solicitou outra indígena ouvida.

No mesmo sábado (22), indígenas e membros de organizações indigenistas estavam reunidos no Tekoha Hité para uma reunião previamente agendada quando receberam a notícia sobre o corpo encontrado. Alguns foram até a estrada para acompanhar a chegada da perícia, e os Avá Guarani realizaram cantos e orações.

Esse incidente ocorre dois dias antes do início da assembleia geral da Comissão Guarani Yvyrupa, que reúne indígenas da etnia Guarani das regiões Sul e Sudeste. Cerca de mil lideranças devem se encontrar na cidade de Itaipulândia entre segunda-feira (24) e sexta-feira (28).

Fonte: Noticia Internacional

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