A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, na última quinta-feira (13), um homem identificado como líder da facção TCP (Terceiro Comando Puro) no Complexo da Maré, localizado na zona norte da capital fluminense. Luiz Carlos de Lomba, conhecido como Chocolate, foi encontrado em uma clínica estética em Itaperuna, onde se encontrava para uma consulta em busca de um procedimento estético.
Conforme informações das autoridades, ele já havia realizado uma harmonização facial com o intuito de mudar sua aparência e evitar a identificação pelos investigadores.
Considerado um dos principais membros do TCP, Chocolate é suspeito de ser responsável por avaliar, aprovar ou reprovar a qualidade da cocaína que a facção comercializa no Complexo da Maré, atuando em uma função que pode ser descrita como “químico”. Até o momento, a defesa dele não foi encontrada.
A prisão ocorreu durante a operação Espoliador, que visa capturar foragidos da Justiça. Havia um mandado de prisão, datado de 2024, contra Chocolate, que é acusado de associação criminosa e roubo. Além disso, ele está sendo investigado em outros 35 casos.
De acordo com os policiais, o suspeito já não atuava mais de forma presencial na Maré e gerenciava suas atividades para a facção remotamente.
Na mesma data, um tiroteio durante uma operação da Polícia Militar na Maré resultou em uma morte e uma pessoa ferida. O indivíduo que foi baleado e morreu, conhecido pelo apelido de Trator, é considerado pela polícia como ligado à morte de oficiais do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) ocorrida em junho do ano anterior. A identidade real do homem não foi divulgada.
A operação teve lugar em comunidades dentro da Maré que são dominadas pelo TCP. O complexo, que é composto por 16 favelas, conta também com outras áreas sob controle do Comando Vermelho.
