
O Campeonato Alagoano está prestes a alcançar sua grande final, trazendo um confronto histórico: CRB e ASA lutam pelo troféu estadual de 2025. O Galo, que apresentou a melhor campanha do torneio e possui o ataque mais eficiente, almeja seu tetracampeonato e o 35º título de sua trajetória. Já o Alvinegro pretende pôr fim à dominância do rival e conquistar o Alagoano após uma espera de 14 anos.
As duas equipes se enfrentaram na fase inicial e empataram em 0 a 0 no Coaracy da Mata Fonseca. Agora, ambas chegam à final com uma característica em comum: conseguiram evoluir em momentos cruciais da competição. O que parecia ser uma temporada conturbada para ambas as equipes se transformou em um sprint final, que fez os críticos repensarem suas avaliações.
A reestruturação do CRB

O CRB teve que lidar com uma pressão significativa durante todo o campeonato. Após um começo instável, a reformulação do elenco, que foi feita de maneira discreta, mas crucial. A diretoria optou por remodelar a comissão técnica, investindo em jogadores específicos. Isso se deve principalmente ao trabalho de Louzer, que mesmo diante de questionamentos, manteve-se à frente do time. A diretoria, por sua vez, também merece reconhecimento por suportar as críticas severas e reestruturar seu planejamento.
Jogadores como Meritão, Segovia, Thiaguinho e Daniel Lima chegaram para ajudar a equipe em um momento complicado. O ponto mais baixo ocorreu após a perda no clássico e o empate contra o Penedense no Rei Pelé, quando protestos como “Fora Louzer”, “pior elenco da história” e “time sem alma” ecoaram entre os torcedores. O próprio presidente do clube enfrentou desafios políticos devido às eleições e a luta contra o rebaixamento no ano anterior. Em meio a essa crise, o executivo André Martins foi desligado, sendo substituído por Ari Barros.
Atualmente, a situação é diferente. Sob a liderança dos experientes Matheus Albino, Segovia, Gegê e Anselmo Ramon, o CRB chega à final como a defesa mais poderosa do campeonato. Com a melhor campanha nas duas fases e um ataque que anotou 22 gols, a equipe está pronta para a decisão.
ASA: a persistência de Ranielle e o desabafo de Cristian Lucca

A jornada do ASA também foi marcada por altos e baixos. A temporada teve um início difícil, com uma eliminação precoce na Pré-Copa do Nordeste e uma série de empates que acenderam o sinal de alerta. A primeira vitória no Alagoano ocorreu contra o Murici, no José Gomes da Costa, mas o clima continuou tenso. A equipe sofreu uma derrota para o time sub-20 do CRB na Copa Alagoas, levando a torcida a um ponto de ebulição. O centro de treinamento foi pichado, com protestos direcionados à diretoria, ao técnico e aos atletas.
Contudo, o clube resistiu à pressão e manteve sua convicção. A resposta veio em campo com a classificação contra o CSA na semifinal, em uma partida que foi um verdadeiro exemplo de esforço e superação. Após o jogo, o capitão Cristian Lucca, visivelmente emocionado, desabafou: “Falem agora, cornetas fdp!”.
O ASA, que apenas sofreu dois gols durante toda a competição, firmou sua identidade na de sua solidez defensiva. Ranielle Ribeiro soube explorar o encaixe tático da equipe, que também se destacou na Copa do Brasil, representando bem o estado.
Primeiro jogo: a disputa entre ataque e defesa
Durante as semifinais, tanto CRB quanto ASA decidiram fora de casa, conquistando vantagens significativas para os jogos de volta. Agora, a situação inverte-se para o alvinegro: a primeira partida acontecerá em Arapiraca, onde o ASA contará com o apoio de sua torcida na tentativa de neutralizar o ataque mais eficiente da competição.
De um lado, temos o CRB de Louzer, que chega motivado e em busca do tetracampeonato. Do outro, o ASA de Ranielle, preparado para desafiar as expectativas e interromper a sequência vitoriosa do rival.
Façam suas apostas: o Galo conquistará o tetra ou o ASA surpreenderá e barrará o título regatiano?