Na manhã desta segunda-feira (24), o Levante Popular da Juventude realizou um ato em frente à residência do general reformado José Antônio Belham, ex-comandante do DOI-Codi do Rio de Janeiro durante o regime militar, que é acusado pelo Ministério Público Federal de estar envolvido no assassinato do ex-deputado federal Rubens Paiva.
Em 2012, o Levante havia promovido uma série de manifestações denunciando torturadores da ditadura militar e lutou pela criação da Comissão Nacional da Verdade. Naquela ocasião, Belham havia sido um dos alvos desses protestos, ocorridos em várias localidades do país.
Com a recente popularidade do filme “Ainda estou aqui”, o movimento decidiu organizar um novo protesto, focando na denúncia dos crimes cometidos durante a Ditadura e reivindicando justiça para Rubens Paiva.
Além disso, os manifestantes trouxeram à tona o fato de que Maria de Fátima Campos, esposa de Belham, trabalhou como assessora parlamentar do então deputado federal Jair Bolsonaro em 2003. Essa informação foi divulgada anteriormente por uma colunista em conjunto com a jornalista Juliana Castro, no jornal O Globo, em 2019.
Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, dar prosseguimento à ação penal relacionada à morte do ex-deputado federal Rubens Paiva, que desapareceu em janeiro de 1971 após ter sido capturado por agentes da ditadura militar no Brasil.
