O consumo de bebidas alcoólicas pode ser um fator negativo significativo para quem lida com lipedema. Essa condição persistente, caracterizada pelo acúmulo anômalo de gordura nos membros inferiores e superiores, já representa um desafio considerável, e a ingestão de álcool pode agravar ainda mais a situação.
Conforme a endocrinologista Jamilly Drago, não existe uma quantidade segura de álcool para quem sofre com essa condição. Ela ressalta que o álcool atua como um aromatizante, favorecendo a acumulação de gordura e intensificando a inflamação, o que torna o tratamento menos efetivo.
Além de potencializar o acúmulo característico do lipedema, o álcool impacta de forma negativa a forma como o corpo responde ao tratamento, conforme indicado.
O cirurgião vascular Bruno Carvalho destaca a importância de adotar hábitos saudáveis. Ele afirma que evitar bebidas alcoólicas, seguir uma dieta anti-inflamatória e realizar atividades físicas são medidas indispensáveis para reduzir os sintomas do lipedema.
Para aqueles que estão se preparando para passar por uma cirurgia, a abstenção de álcool se torna ainda mais crucial.
Jamilly observa que o consumo pode prejudicar a recuperação pós-operatória e aumentar os riscos envolvidos. Ela explica que a cirurgia para lipedema é uma forma específica de lipoaspiração destinada a remover o tecido inflamado; a continuidade do consumo de álcool pode resultar em uma recuperação mais demorada e em resultados insatisfatórios.
A recomendação é clara: para gerenciar o lipedema de maneira eficaz e alcançar melhores resultados no tratamento, a eliminação do álcool é uma necessidade, não apenas uma possibilidade.
A especialista conclui que aqueles que realmente desejam melhorar devem compreender que o álcool é um obstáculo. Reduzir ou eliminar essa substância pode significar uma diferença significativa na qualidade de vida do paciente.