Home Brasil ALERTA MÁXIMO: SARAMPO RETORNA AO DF APÓS TRÊS ANOS!

ALERTA MÁXIMO: SARAMPO RETORNA AO DF APÓS TRÊS ANOS!

por James Joshua

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal confirmou um caso de sarampo envolvendo uma mulher na faixa etária de 30 a 39 anos, que possui histórico de viagens internacionais.

Em comunicado, a secretaria informou que a paciente não necessitou de internação e que a doença progrediu sem complicações.

Os primeiros sintomas da paciente surgiram em 27 de fevereiro, com o aparecimento de manchas vermelhas na pele em 1º de março. A confirmação do diagnóstico foi obtida após a realização de exames laboratoriais no Laboratório Central do Distrito Federal e na Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro.

A pasta destacou que, em 2020, foram registrados cinco casos de sarampo, todos importados, como o caso atual. O último episódio da doença com transmissão local no Distrito Federal ocorreu em 1999.

Orientações para prevenção ao sarampo

A secretaria recomenda que a população mantenha seu cartão de vacinação atualizado, independentemente de planos de viagem. A vacina recomendada para a prevenção do sarampo é a tríplice viral, que também protege contra rubéola e caxumba.

Conforme as diretrizes do Ministério da Saúde, o esquema vacinal inclui duas doses para pessoas de 12 meses a 29 anos, uma dose para aqueles de 30 a 59 anos e duas doses para profissionais da saúde, independente da idade.

Atualmente, os dados mostram que, no Distrito Federal, a cobertura vacinal contra o sarampo em crianças menores de 2 anos é de 97,2% para a primeira dose e 88,3% para a segunda. A meta da Organização Mundial da Saúde é atingir 95% de cobertura em todas as doses.

A vacinação é contraindicada para gestantes, pessoas com sistema imunológico comprometido devido a doenças ou tratamentos, assim como para indivíduos com histórico de reações alérgicas severas a vacinas anteriores ou seus componentes. Além disso, é recomendado evitar a gravidez por pelo menos 30 dias após a aplicação do imunizante.

Sobre a doença infecciosa

O ministério enfatiza que o sarampo é uma doença altamente contagiosa e que, no passado, representou uma das principais causas de morte infantil em escala global.

Apesar do progresso significativo na prevenção e controle por meio da vacinação, a doença ainda é um desafio para a saúde pública, especialmente em áreas onde as taxas de imunização são baixas.

“Com sintomas que podem ser confundidos com outras doenças virais, o sarampo requer atenção e conhecimento para que possa ser identificado e tratado corretamente”, adverte o órgão.

Os mais comuns sinais e sintomas incluem manchas vermelhas pelo corpo, chamadas de exantema, e febre alta, superior a 38,5 graus Celsius (°C), acompanhadas de um ou mais dos seguintes sintomas:

  • tosse seca;
  • irritação ocular (conjuntivite);
  • coriza ou nariz entupido;
  • mal-estar intenso.

Em um período de três a cinco dias, as manchas vermelhas geralmente aparecem no rosto e atrás das orelhas, espalhando-se posteriormente pelo restante do corpo. A persistência da febre após o surgimento das manchas é um sinal de alerta, principalmente em crianças menores de 5 anos, pois pode indicar gravidade no quadro.

A transmissão do vírus ocorre de pessoa a pessoa, por meio do ar, ao tossir, espirrar, falar ou respirar. De fato, “o sarampo é tão contagioso que uma única pessoa infectada pode transmitir a doença para 90% das pessoas próximas que não tenham imunidade”.

Incidência na Europa e Ásia Central

Durante o ano de 2024, a Europa e a Ásia Central relataram 127.350 casos de sarampo, o que representa o dobro de notificações em comparação a 2023 e o maior número desde 1997.

Essas informações foram divulgadas pelo escritório da Organização Mundial da Saúde na Europa e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

Em um comunicado conjunto, as instituições alertaram que crianças com menos de 5 anos correspondem a 40% dos casos na região, sendo que mais da metade deles necessitou de hospitalização. Também foram computadas 38 mortes pela doença, com base em dados preliminares obtidos até 5 de março.

Conforme a OMS, a quantidade de casos de sarampo na Europa e na Ásia Central vinha diminuindo desde 2017; no entanto, as infecções aumentaram de 2018 para 2019, quando foram registradas 89 mil e 106 mil ocorrências, respectivamente.

“Após um retrocesso na cobertura vacinal durante a pandemia de covid-19, os casos de sarampo aumentaram substancialmente em 2023 e 2024. As taxas de imunização em diversos países ainda não atingiram os níveis pré-pandêmicos, o que eleva o risco de surtos”, indicou o comunicado.

Atualmente, a Europa e a Ásia Central são responsáveis por um terço dos casos de sarampo em todo o mundo. Somente em 2023, 500 mil crianças da região não receberam a primeira dose da vacina, que deveria ser administrada por meio de serviços de imunização de rotina.

“O sarampo é um dos vírus mais contagiosos para os seres humanos. Além do risco de internação e morte devido a complicações como pneumonia, encefalite, diarreia e desidratação, a doença pode ocasionar problemas de saúde duradouros, como a cegueira.”

“Além disso, o sarampo pode afetar negativamente o sistema imunológico, eliminando a memória de como combater infecções, tornando os sobreviventes vulneráveis a outras doenças. A vacinação é a forma mais eficaz de proteção contra o vírus”, destacaram a OMS e o Unicef.

As organizações alertam que países que atualmente não enfrentam surtos de sarampo precisam se preparar, incluindo a identificação e a correção de falhas na imunização, “construindo e sustentando a confiança pública nas vacinas e mantendo sistemas de saúde robustos.”

Fonte: Noticia Internacional

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