O governo dos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira (11) que a tarifa de 25% sobre importações de aço e alumínio será implementada por volta da 1h da manhã (horário de Brasília), ou meia-noite, no horário de Washington, na quarta-feira (12).
A medida foi assinada por Trump em fevereiro e se aplica a todos os países parceiros dos Estados Unidos, incluindo o Brasil. Segundo informações da Casa Branca, não haverá exceções.
Em comunicado oficial, o porta-voz da Casa Branca, Kush Desai, afirmou: “Depois que o presidente Trump ameaçou usar seus poderes executivos para impor uma tarifa de 50% ao Canadá, o premiê de Ontário, Doug Ford, comunicou ao secretário Lutnick que está retrocedendo na aplicação de uma tarifa de 25% sobre as exportações de eletricidade para os Estados Unidos. Trump, mais uma vez, utilizou a força da economia americana, a maior do mundo, para conquistar uma vitória para o povo americano. De acordo com suas ordens executivas anteriores, a tarifa de 25% sobre aço e alumínio, sem exceções, entrará em vigor para o Canadá e todos os nossos outros parceiros comerciais à meia-noite do dia 12 de março.”
A maior parte do aço exportado do Brasil para os Estados Unidos é semimanufaturado, ou seja, serve como um insumo intermediário. Esse material é vendido para siderúrgicas americanas, que então processam e laminam o aço para vendê-lo às indústrias, incluindo a automotiva, como um produto final.
Trump mencionou o Brasil em uma declaração no dia 27 de janeiro, incluindo-o em um grupo de países que, segundo ele, „desejam o mal“ aos Estados Unidos. Ele afirmou: “A China é uma grande operadora de tarifas. Índia, Brasil, tantos, tantos países. Então, não vamos deixar que isso continue, porque a América estará sempre em primeiro lugar.”
O uso de tarifas por Trump busca pressionar nações a adotarem as ações que ele deseja, como fortalecer a segurança nas fronteiras e controlar o fluxo de imigrantes.
De acordo com os dados mais recentes do Departamento de Comércio dos Estados Unidos, o Brasil se destacará entre os mais impactados pela tarifa de 25% a ser aplicada às importações de aço. Em 2024, o Brasil foi o segundo maior exportador de aço para os EUA, ficando atrás apenas do Canadá. No total do ano, o país exportou 4,08 milhões de toneladas, o que representa 15,5% do total adquirido pelos Estados Unidos do exterior, totalizando US$ 2,99 bilhões.
As empresas mais afetadas por essas novas tarifas incluem ArcelorMittal, Ternium e CSN, que são as principais exportadoras para o mercado americano.
